"Ocorre de uma maneira atabalhoada [a extração do óleo na região] e sem licenciamento ambiental, em uma região em disputa há muito tempo. A Venezuela nunca desistiu do seu pleito legítimo por Essequibo, e quando se explora petróleo lá, sabe-se muito bem o que está sendo feito. Há um interesse norte-americano em extrair a riqueza natural diante da atual condição de conflagração global, pelo fato de terem aplicado sanções à Rússia, o que aumentou o preço do barril. Com isso, a Guiana acaba sendo uma alternativa", pontua.
Tem eleição para presidente na Venezuela?
"E, claro, em breve confrontará o Brasil […]. O objetivo, basicamente, é ter controle sobre os fluxos energéticos e, tudo leva a crer também, [exercer] uma pressão adicional ao Brasil como membro do BRICS. Eles evitaram que a Argentina entrasse no grupo e querem confrontar o Brasil agora. A Argentina, me parece, é uma cabeça de ponte nesse plano estratégico, junto com governos fracos e desestabilizados, que admitem a entrada de tropas americanas, como é o caso do Equador, também o caso do Peru", acredita.