O presidente polonês fez uma proposta ousada aos países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), defendendo um aumento nos gastos com defesa de 2% para 3% do PIB, informou na quinta-feira (4) o jornal polonês Rzeczpospolita.
"Estou convencido de que essa é a base para o desenvolvimento consistente da segurança em toda a área euroatlântica", disse Andrzej Duda.
"Esse é um passo natural e fundamental que devemos dar juntos hoje", para combater o Kremlin, acrescentou.
Duda também deixou claro que seu país alocou mais de 4% do PIB para a manutenção e modernização do Exército, porque "a Polônia, como poucos países no mundo, sabe que a segurança tem um preço".
"Em 2014, os países da aliança prometeram aumentar os gastos militares para 2% do PIB. Isso era suficiente há dez anos, mas agora não é mais suficiente", de acordo com o alto responsável polonês.
A OTAN tem aumentado lentamente os gastos militares desde 2014, e reforçou sua presença no Leste Europeu desde então, mas os esforços foram acelerados desde 2022, quando a Rússia iniciou uma operação militar especial na Ucrânia em resposta à ameaça ao seu território e à população russa por parte de Kiev.
A possível eleição de Donald Trump como presidente dos EUA em novembro de 2024 também revigorou os esforços dos Estados-membros europeus da OTAN em aumentar a sinergia e poder militares do continente.