"O lado russo alertou repetidamente para os riscos que surgiriam em conexão com o avanço militar da aliança nos territórios dos novos países-membros no norte da Europa", aponta o ministério.
A chancelaria observou que a OTAN busca aumentar seu potencial militar no Báltico. "Neste contexto, Estocolmo pretende fortalecer a ilha "estrategicamente importante" de Gotland em prol de uma melhor defesa contra a suposta "ameaça russa", ressaltou a entidade diplomática russa.
A chancelaria recordou que em 2015, Estocolmo restabeleceu a presença militar em Gotland, e em abril do ano passado, antes de se juntar à OTAN, as tropas suecas realizaram exercícios na ilha para "combater um possível ataque armado" externo.
"Tendo em conta os planos da Suécia, somos obrigados a constatar que os esforços de Estocolmo e da Aliança do Atlântico Norte em geral estão transformando as águas pacíficas no mar Báltico em uma arena de confronto geopolítico", afirmou a chancelaria russa.
Os diplomatas salientaram que estão acompanhando de perto a evolução da situação e avaliando os riscos potenciais. "Para combater as ameaças na direção norte foi restabelecido o distrito militar de Leningrado, […] dependendo do desenvolvimento da situação, serão tomadas decisões para garantir a segurança da Rússia", alertou o ministério.
A Suécia tornou-se oficialmente o 32º país-membro da OTAN em 7 de março deste ano. Gotland é a maior ilha do país, situada a aproximadamente 330 quilômetros de Kaliningrado, a sede da Frota do Báltico da Rússia.