O desenvolvimento ocorre depois que o México concedeu asilo político na sexta-feira (5) ao ex-vice-presidente Jorge David Glas Espinel, que foi condenado duas vezes por acusações de corrupção no seu país e tem permanecido na embaixada mexicana desde o final do ano passado.
"Acabei de ser informado por Alicia Bárcena, nossa secretária de Relações Exteriores, que policiais do Equador entraram pela força em nossa embaixada e levaram preso o ex-vice-presidente desse país que se encontrava refugiado e requerendo asilo pela perseguição e o assédio que enfrenta", segundo Andrés Manuel López Obrador.
"Trata-se de uma violação flagrante do direito internacional e da soberania do México, pelo que instruí a nossa chanceler que emita um comunicado sobre este fato autoritário, proceda de forma legal e de imediato declare a suspensão de relações diplomáticas com o governo do Equador", escreveu na rede social X o presidente mexicano.
Por sua vez, o embaixador interino e encarregado de negócios da embaixada mexicana, Roberto Canseco, declarou que ele tentou impedir fisicamente as forças de segurança de entrar na missão diplomática, mas eles usaram a força e o empurraram para o chão, "invadindo como delinquentes".
Na sexta-feira (5), o governo do México decidiu conceder asilo político ao ex-vice-presidente Glas do Equador, que havia se refugiado na embaixada mexicana em Quito. Ele chegou à embaixada mexicana em dezembro passado e pediu proteção, e teve acesso como convidado. O governo do Equador pediu mais tarde ao México para entrar na embaixada e prender Glas, mas a polícia teve o acesso recusado.