Panorama internacional

Peter Pellegrini, contrário ao envio de armas à Ucrânia, é eleito presidente da Eslováquia

O atual líder do Parlamento da Eslováquia, Peter Pellegrini, que se opõe ao fornecimento de armas à Ucrânia, venceu o segundo turno das eleições presidenciais eslovacas com 53,12% dos votos após todas as urnas serem apuradas.
Sputnik
Seu concorrente, que ficou a sua frente no primeiro turno, o ex-ministro das Relações Exteriores Ivan Korcok, parabenizou Pellegrini pela vitória eleitoral. "Quero felicitar o vencedor das eleições, Peter Pellegrini", afirmou em declaração transmitida pela televisão eslovaca.
Pellegrini é um forte aliado do atual primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, que também possui opiniões mais críticas ao apoio ocidental à Ucrânia e aos embates com a Rússia.
O presidente da Eslováquia é eleito por voto popular para um mandato de cinco anos. No primeiro turno, realizado em 23 de março, participaram nove candidatos, mas nenhum obteve maioria absoluta. Na época, Korcok obteve 42,51% dos votos e Pellegrini 37,02%.
No entanto, as pesquisas realizadas antes do segundo turno indicavam que as chances de vitória dos candidatos eram quase iguais e que a diferença entre os rivais poderia ser de apenas alguns pontos percentuais.
Tanto Korcok como Pellegrini afirmaram anteriormente que não permitiriam que os militares eslovacos fossem enviados para a Ucrânia se ganhassem as eleições presidenciais. No entanto, eles divergem na sua avaliação do conflito em curso, da possível assistência a Kiev e da potencial adesão da Ucrânia à OTAN.
Panorama internacional
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Em um dos debates eleitorais, Pellegrini comentou os planos da OTAN de criar um fundo de assistência militar para Kiev no valor de 100 bilhões de euros (R$ 5,5 bilhões). Para o agora presidente-eleito, o armamento adicional dado à Ucrânia não produz resultados e leva apenas à morte de mais pessoas.
Pellegrini apenas defende a ajuda humanitária a Kiev e o envio de equipamento que "deveria ajudar a população civil". Ele defende a cessação das hostilidades e até prometeu que, se vencesse as eleições presidenciais da república, apoiaria as negociações sobre a paz na Ucrânia em Bratislava, embora a nível de especialistas, para começar.
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