A informação foi confirmada pela presidente de Honduras e líder pro tempore da organização, Xiomara Castro. A troika da CELAC, composta por Honduras, Colômbia e São Vicente e Granadinas, realizou uma reunião de emergência na última segunda (8) para discutir a crise diplomática entre Equador e México, que concedeu asilo político a Glas.
Para a reunião, a presidente hondurenha informou que foi aprovada uma proposta de três pontos, a qual foi compartilhada com os demais Estados-membros.
No primeiro desses assuntos, Castro informou que convocará também uma cúpula de chefes de Estado da CELAC no dia 12 de abril para revisar a regra de consenso do Manual de Procedimentos para o Funcionamento Orgânico da Comunidade.
O objetivo do encontro será adotar mecanismos de tomada de decisões na CELAC nas modalidades de maioria simples, maioria qualificada e consenso, afirmou a mandatária.
"Propor à Cúpula de Presidentes a firme condenação da CELAC ao Estado do Equador pelo ingresso ilegal das forças de segurança na embaixada do México em Quito, fazendo uso indevido da força, violando o princípio de inviolabilidade das sedes diplomáticas e o sequestro do vice-presidente Jorge Glas", é o segundo ponto da agenda, conforme Castro.
Outra proposta é "a organização de um grupo de no máximo sete Estados para definir ações com o propósito de requerer do governo do Equador a retificação pelos fatos ocorridos em violação flagrante da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961 e da Convenção de Caracas de 1954 sobre o asilo".
A maioria dos 33 países-membros da CELAC expressou repúdio à agressão à embaixada do México, o que levou o presidente Andrés Manuel López Obrador a ordenar a ruptura imediata das relações diplomáticas com o Equador.