Panorama internacional

Equador: governo diz que ex-vice-presidente foi hospitalizado após 'se recusar a consumir alimentos'

O ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, detido no fim da última semana da Embaixada do México, em Quito, foi internado nesta segunda-feira (8). Após informações iniciais divulgadas pela mídia local de que o motivo foi o consumo de medicamentos, o governo do país alegou que a hospitalização ocorreu pela recusa do político em se alimentar.
Sputnik
De acordo com o Serviço Nacional de Assistência Integral a Adultos Privados de Liberdade e a Adolescentes Infratores (SNAI, na sigla em espanhol) do Equador, Jorge Glas sofreu uma descompensação causada "por sua recusa em consumir alimentos".
Em comunicado emitido após o traslado para um hospital em Guayaquil, a instituição detalhou que o estado de saúde do político é estável e que ele permanecerá sob observação.
Mais cedo, uma fonte ligada ao partido opositor Revolução Cidadã disse à Sputnik que o governo local tentava esconder o paradeiro e o estado de saúde do ex-vice-presidente.

"Ele [Glas] tomou comprimidos, ainda não sabemos se ele entrou em coma. O governo está tratando este assunto com total hermetismo. Nem mesmo o irmão ou qualquer pessoa sabe exatamente onde ele está. Parece que ele está no Hospital Naval, mas não confirmaram para nós", disse a fonte consultada pela Sputnik.

A fonte afirmou ainda que um colega do partido acompanhou Glas até a ambulância que o levaria, porém "teve que se afastar porque não permitiram que ele subisse" no veículo.
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Prisão em Embaixada mexicana

Na última sexta-feira (5), as forças de segurança equatorianas entraram na Embaixada do México para deter o ex-vice-presidente, que havia recebido asilo político no local.
Segundo a Radio Pichincha, Glas estaria estável e retornaria em breve para a prisão de segurança máxima em Guayaquil. O meio de comunicação indicou ainda que a ingestão de medicamentos, usado para aliviar uma forte dor em sua coluna, teria afetado a saúde do ex-vice-presidente.
Glas cumpre ordem de prisão preventiva por conta da investigação pelo suposto peculato durante a reconstrução de diversas partes do país em 2016 após um forte terremoto, quando pelo menos US$ 3 bilhões (R$ 15 bilhões) em danos foram causados ao país.
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