Em janeiro, Biden pausou a aprovação de novas exportações de GNL nos Estados Unidos ao citar a necessidade de avaliar as considerações climáticas, de saúde e econômicas das licenças pendentes. "Essa pausa na exportação terá um impacto prejudicial nos investimentos futuros", disse Duncan durante audiência promovida pelo Congresso.
Os legisladores dos EUA realizaram uma audiência no congresso em Port Arthur, Texas, considerado um local crucial para as exportações de GNL na Costa do Golfo dos EUA.
Duncan também mencionou que a proibição temporária de Biden é um presente para o presidente russo Vladimir Putin, já que a demanda global por gás deve aumentar 46% até 2050.
Além disso, o deputado enfatizou que aliados europeus e asiáticos que desejam fazer negócios com os Estados Unidos buscarão Catar, Rússia, Irã e outros "adversários" para atender às crescentes necessidades energéticas.
O prefeito de Port Arthur, Thurman Bartie, solicitou que a administração Biden permita a retomada das exportações. "A corrida para o conceito verde [energia], conforme está sendo aplicada a este fornecedor de GNL, terá um impacto negativo no crescimento econômico e na estabilidade da cidade de Port Arthur", disse Bartie aos legisladores.
ONGs norte-americanas defendem medida
O fundador e CEO da Port Arthur Community Action Network (PACAN), James Beard, uma ONG norte-americana, comentou sobre os efeitos nocivos que as instalações de GNL têm nas comunidades locais.
"Eu pessoalmente moro à sombra de uma infraestrutura petroquímica e de GNL massiva onde muitos de vocês em Washington nunca se aventuraram, muito menos tiveram que respirar ar tóxico dia após dia. Mais acima na cadeia de suprimentos de combustíveis fósseis estão outras comunidades fronteiriças que sofrem com o impacto de gasodutos de fraturamento, estações de compressão que estão privando comunidades de água enquanto perpetuam danos inconcebíveis à saúde humana", declarou.
Além disso, Beard enfatizou que a proibição temporária de exportação de GNL de Biden se aplica apenas a países sem acordos de livre-comércio com os EUA, o que afeta um conjunto restrito de licenças.