As autoridades estão preocupadas com a possibilidade de um ataque realizado por um indivíduo ou um pequeno grupo inspirado na guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, relata a ABC News.
Na visão do diretor do FBI, Christopher Wray, há a possibilidade de acontecer um ataque em solo norte-americano semelhante ao que matou dezenas de pessoas em uma sala de concertos russa no mês passado.
"Olhando para trás, para minha carreira na aplicação da lei, seria difícil pensar em uma época em que tantas ameaças à nossa segurança pública e à segurança nacional eram tão elevadas ao mesmo tempo", dirá Wray aos legisladores de acordo com um relatório visto pela mídia.
Wray prestará depoimento na tarde de quinta-feira (11) para discutir o orçamento do FBI, que enfrenta uma redução de US$ 500 milhões (R$ 2,53 bilhões).
"Nossa preocupação mais imediata tem sido que indivíduos ou pequenos grupos possam buscar inspiração distorcida nos acontecimentos no Oriente Médio para realizar ataques aqui em casa [...], mas agora cada vez mais preocupante é o potencial para um ataque coordenado aqui na terra natal, semelhante ao ataque do Daesh [organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países] que vimos no salão de concertos [do Crocus City] Hall da Rússia algumas semanas atrás", afirmou.
Ainda segundo a mídia, Wray também planeja pressionar os legisladores para renovarem um programa de vigilância dos EUA que expirará neste mês, considerando-o uma ferramenta indispensável contra adversários de Washington.
"É fundamental para proteger a nossa nação e estamos em um momento crítico", afirmará o chefe do FBI de acordo com o relatório.
Uma modesta revisão desse programa foi bloqueada na Câmara na quarta-feira (10), em meio a preocupações de membros tanto do lado democrata quanto republicano de que o programa não foi suficientemente longe na redução dos poderes de vigilância do governo.
No dia 22 de março, vários homens armados invadiram o Crocus City Hall e começaram a atirar nas pessoas. O Daesh assumiu a responsabilidade pelo ataque. Os quatro principais suspeitos do caso — todos cidadãos do Tajiquistão — tentaram fugir do local em um carro, mas foram detidos e acusados de terrorismo. As autoridades russas acreditam que o plano deles era fugir para a Ucrânia, onde os autores intelectuais do ataque os garantiriam refúgio seguro. Uma investigação sobre o caso ainda está em andamento.