Representantes de ambos os governos, incluindo Daniel Erikson do Conselho de Segurança Nacional dos EUA e o negociador-chefe de Maduro, Jorge Rodríguez, reuniram-se na terça-feira (9) na Cidade do México para discutir as condições eleitorais, segundo pessoas com conhecimento direto do assunto ouvidas pela Bloomberg.
Os Estados Unidos tinham aliviado as sanções petrolíferas ao país em outubro, após uma reunião em Barbados, na qual o governo Maduro assinou um acordo com a oposição assumindo o compromisso de realizar eleições presidenciais livres.
Na visão da mídia, o contexto coloca Washington em uma situação cada vez mais desconfortável: a possibilidade de reimpor sanções ao petróleo e ao gás durante um ano eleitoral.
Se as sanções voltarem, a Venezuela poderá perder um total de US$ 2 bilhões (R$ 10,2 bilhões) em receitas petrolíferas até ao final de 2024, segundo Luis Barcenas, presidente da empresa econômica Ecoanalitica, sediada em Caracas.
De outubro a março, a licença permitiu a Caracas mais de US$ 740 milhões (R$ 3,7 bilhões) em vendas de petróleo, segundo Eduardo Fortuny, presidente da Dinamica Venezuela, uma empresa de consultoria com sede na capital venezuelana.
A Venezuela argumenta que suspendeu o direito de concorrer da candidata de oposição Maria Corina Machado por ela fazer parte de um "complô de corrupção" gerado na gestão de Juan Guaidó, motivo pelo qual Machado já havia sido inabilitada em 2021.
Ainda há um processo que a Controladoria venezuelana abriu em 2014 por supostas irregularidades na declaração juramentada de bens quando Machado era deputada.