Panorama internacional

Netanyahu sabia que teria apoio de Biden para atacar o Irã e aumentar a crise em Gaza, diz analista

Netanyahu sabia que teria o apoio de Biden para atacar o Consulado iraniano e transformar a crise de Gaza numa guerra regional, disse analista à Sputnik.
Sputnik
A decisão potencialmente "suicida" calculada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de atacar o prédio da Embaixada iraniana em Damasco, na Síria, no dia 1º de abril, foi tomada para tentar salvar seu governo da deposição, mas pode culminar numa crise regional que supera a guerra de Gaza em escala e intensidade, disse o ex-analista sênior de política de segurança do Departamento de Defesa dos EUA Michael Maloof à Sputnik.

"É claro que Israel bombardeou o consulado enquanto Biden estava no cargo. Penso que saber disso causaria uma reação iraniana direta que poderia transformar a guerra em Gaza numa guerra regional, e talvez mais além. Isso é sublinhado pelo fato de a administração Biden ter dito que apoiaria Israel caso o Irã escalasse", disse Maloof.

Conforme o analista, "Netanyahu calculou claramente que tinha uma janela limitada para agir, com o objetivo final de trazer o Irã diretamente para o conflito, tendo os militares dos EUA para apoiar os seus esforços".

"Foi também uma resposta aos apelos dos seus ministros mais radicais e raivosos para 'cortar a cabeça da cobra' — o Irã — ou derrubariam o seu governo, fazendo com que Netanyahu perdesse o poder e fosse exposto a acusações criminais no seu país", acrescentou.

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O analista alertou que a atitude do primeiro-ministro "equivale a um suicídio político" não apenas para o próprio Netanyahu, "sabendo que tem o apoio da maioria do povo israelense no seu esforço de guerra, mas para o próprio Israel".
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