Panorama internacional

'Acordo entre EUA, Japão e Filipinas mudará dinâmica na ASEAN e no mar do Sul da China', diz Manila

O presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr, fez o comentário em uma entrevista coletiva em Washington, um dia após se reunir com Joe Biden e Fumio Kishida naquela que foi a primeira cúpula trilateral entre os países.
Sputnik
Um acordo de cooperação entre as Filipinas, Estados Unidos e Japão mudará a dinâmica no mar do Sul da China e na região, disse na sexta-feira (12) o líder filipino, Ferdinand Marcos Jr.

"Acho que o acordo trilateral é extremamente importante [...] vai mudar a dinâmica, a dinâmica que vemos na região, na ASEAN, na Ásia e em torno do mar do Sul da China", afirmou o presidente, citado pela Reuters.

Na coletiva, os três líderes expressaram "sérias preocupações" sobre o "comportamento perigoso e agressivo" da China.
No entanto, Marcos disse que a cúpula "não foi contra nenhum país", mas centrou-se no aprofundamento das relações econômicas e de segurança entre Manila, Washington e Tóquio.
Marcos também expressou confiança de que cerca de US$ 100 bilhões (R$ 507 bilhões) em possíveis acordos de investimento, nos próximos cinco a dez anos a partir da cúpula, se concretizarão.

Enquanto estava em Washington, o presidente filipino também se reuniu com o secretário de Defesa, Lloyd Austin, que lhe garantiu o apoio contínuo. "Toda esta cooperação é crítica para a nossa segurança coletiva e prosperidade contínua em toda a região", afirmou o chefe da Defesa dos EUA.

O aprofundamento da disputa China-Filipinas coincide com um aumento nos compromissos de segurança com os Estados Unidos sob o comando de Marcos, incluindo a expansão do acesso dos EUA às bases filipinas, bem como com o Japão, que deverá assinar um pacto recíproco de tropas com Manila.
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Pequim convocou na quinta-feira (11) o embaixador de Manila no país e um funcionário da embaixada japonesa para se oporem ao que o seu Ministério das Relações Exteriores descreveu como "comentários negativos" contra a China.
Ontem (12), a Embaixada da China no Japão divulgou um comunicado reagindo aos comentários do premiê Fumio Kishida dizendo que a China "está fortemente insatisfeita" com tais declarações e que quaisquer "ações erradas" tomadas pelo seu vizinho asiático serão recebidas com "respostas chinesas resolutas e necessárias", conforme noticiado.
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