O apoio incondicional dos Estados Unidos a Israel encoraja o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a assumir riscos elevados que podem agravar a crescente agitação no Oriente Médio.
É o que afirmou à Sputnik Hossein Askari, ex-membro do Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) e conselheiro especial do ministro das Finanças da Arábia Saudita neste sábado (13).
Hoje, o Irã lançou dezenas de drones e mísseis contra Israel, em retaliação ao ataque contra o consulado iraniano na Síria, que matou sete membros da elite do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) na semana passada.
"Posso assegurar que o Irã não quer uma guerra com Israel ou com os Estados Unidos. Mas o Irã teve de retaliar. Os EUA sabiam disso, tal como Israel. Mas tudo depende de [Benjamin] Netanyahu porque, infelizmente, [Joe] Biden deu a Netanyahu carta branca para fazer o que quisesse e os EUA correrão em defesa de Israel. Assim, dado o histórico de Netanyahu, sim, acredito que as coisas vão piorar", disse Askari.
Askari disse ainda temer que Netanyahu faça algo para trazer os Estados Unidos diretamente para o conflito.
"Netanyahu está perturbado e é uma loucura que os Estados Unidos continuem a apoiar Israel incondicionalmente", acrescentou Askari.
Anteriormente, um oficial de defesa dos EUA disse à Sputnik que as forças dos EUA estão abatendo drones iranianos que seguem em direção a Israel e que estão prontas para fornecer apoio defensivo adicional.