A OTAN divulgou na sexta-feira (12) pela primeira vez detalhes de sua nova estratégia de biotecnologia e tecnologias de aprimoramento humano, que atribui a necessidade do envolvimento da aliança em armas biológicas e experimentos de aprimoramento humano a alegações infundadas de que a Rússia poderia supostamente "usar armas químicas ou biológicas no futuro".
A estratégia, chamada Estratégias de Biotecnologias e de Tecnologias de Aprimoramento Humano, foi aprovada em uma reunião dos chefes de Defesa da aliança em fevereiro deste ano e foi anunciada como tendo o objetivo do "desenvolvimento e o uso responsáveis da biotecnologia e das tecnologias de aprimoramento humano". No entanto, nenhum detalhe sobre o documento foi divulgado até o momento.
"O objetivo da estratégia é fazer uso legítimo e responsável de novas soluções inovadoras em biotecnologia e aprimoramento humano [...] reconhecendo seu impacto na defesa e segurança e posicionando a OTAN como líder nesse campo", disse a aliança em um comunicado.
Ao mesmo tempo, a OTAN disse que pretende buscar o desenvolvimento de tecnologias potencialmente perigosas "em total respeito à lei internacional, aos protocolos e práticas existentes, particularmente no campo da bioética".
O resumo da estratégia da OTAN afirma que a aliança está sendo pressionada a implementar programas potencialmente perigosos devido à constatação de que "concorrentes estratégicos e adversários em potencial da aliança estão investindo sistematicamente em biotecnologia e aprimoramento humano, também em prol de suas vantagens de segurança".
"A Rússia segue investindo significativamente em biotecnologia [...]. A Rússia aumentou perigosamente a disseminação de desinformação sobre armas biológicas e químicas [...]. A Aliança está seriamente preocupada com o fato de a Rússia estar considerando o uso futuro de armas químicas ou biológicas", afirma o texto, sem citar exemplos.
Segundo ele, os experimentos e o uso de soluções avançadas no campo da "biotecnologia e aprimoramento humano" serão usados pela aliança "para a dissuasão e defesa, prevenção e gestão de crises e a cooperação em segurança".