Panorama internacional

Irã usou armas mais sofisticadas que o Hamas durante seu ataque a Israel, diz mídia

Segundo um relato no jornal The New York Times, as forças iranianas usaram drones, mísseis de cruzeiro e mísseis superfície-superfície que podiam voar diretamente do Irã a Israel.
Sputnik
O Irã usou tipos de armas mais sofisticados em seu ataque a Israel do que o movimento palestino Hamas usou anteriormente contra Israel, informou no domingo (14) o jornal norte-americano The New York Times (NYT), citando especialistas.
"As armas que o Irã usou no sábado podem viajar muito mais longe, e algumas delas podem viajar muito mais rápido. Ainda assim, Israel disse que quase todos os mísseis e drones disparados pelo Irã foram interceptados, muitos com a ajuda das forças dos EUA", escreveu o NYT, citando especialistas.
"Durante o ataque, 185 drones, 36 mísseis de cruzeiro e 110 mísseis superfície-superfície foram disparados contra Israel, de acordo com autoridades militares israelenses. A maioria dos lançamentos veio do Irã, embora uma pequena parte tenha vindo do Iraque e do Iêmen", cita o veículo de imprensa.
Fabiann Hinz, especialista em Forças Armadas do Irã no Instituto Internacional de Estudos Estratégicos em Berlim, Alemanha, afirmou que o Irã provavelmente estava usando o Paveh 351, um míssil de cruzeiro desenvolvido pela Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês). Ele tem um alcance de cerca de 2.000 km, "o suficiente para atingir Israel a partir do Irã".
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Enquanto isso, Jeffrey Lewis, membro do Conselho Consultivo de Segurança Internacional do Departamento de Estado dos EUA, detalhou que o Irã usou mísseis de cruzeiro de ataque terrestre que podiam carregar cerca de uma tonelada de explosivos.
Ele também observou que grande parte do arsenal de mísseis balísticos do Irã tem um alcance suficientemente longo para atingir Israel. Além disso, embora os drones do Irã carreguem cargas explosivas muito menores do que os mísseis, eles têm a vantagem de poder pairar e mudar de alvo.
O Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) disse no domingo (14) que estava atacando o território israelense em resposta à destruição do consulado iraniano na Síria por aviões israelenses no início de abril.
De acordo com o IRGC, sete oficiais do corpo de exército foram mortos, incluindo dois generais consultores sênior, Mohammad Zahedi, comandante da Força Quds do IRGC na Síria e no Líbano, e seu vice, o general de brigada Mohammad Rahimi. Teerã disse que se reservava o direito de responder.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram que as Forças Armadas foram colocadas em alerta máximo. O Pentágono disse que apoiaria Israel, enquanto a missão do Irã na ONU classificou o que estava ocorrendo como um conflito entre Teerã e Tel Aviv, pedindo a Washington que "ficasse longe".
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