Israel pode responder já na segunda-feira (15) ao ataque massivo perpetrado pelo Irã na noite de sábado (13).
A informação foi veiculada pelo jornal The Wall Street Journal, que citou como fontes autoridades dos Estados Unidos e de outros países ocidentais.
"As autoridades dos EUA e do Ocidente esperam que Israel responda rapidamente aos ataques iranianos, possivelmente já na segunda-feira", escreve o jornal.
A resposta de Israel ao ataque perpetrado pelo Irã é aguardada com expectativa, sobretudo porque pode escalar a tensão entre os países, transformando-se em um conflito regional.
Mais cedo, o ministro do gabinete de guerra de Israel, Benny Gantz, afirmou que Tel Aviv vai criar uma coalizão regional contra a ameaça iraniana e responderá ao ataque no momento certo e da forma apropriada.
Na madrugada de sábado (13), o Irã disparou uma onda de cerca de 300 projéteis do seu território em direção a Israel, incluindo 170 drones, 30 mísseis de cruzeiro e 120 mísseis balísticos, que acionaram as sirenes de ataque aéreo em todo o país. Os militares israelenses disseram que 99% dos projéteis foram interceptados pelos sistemas de defesa aérea que compõem o Domo de Ferro.
Teerã sublinhou que o ataque massivo foi uma resposta ao ataque perpetrado por Israel em 1º de abril, contra o consulado iraniano na Síria que matou sete membros da elite do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês). A delegação iraniana na Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que a ação do Irã está alinhada aos princípios de legítima defesa previstos na Carta da ONU, e ressaltou que suas instalações diplomáticas foram atacadas por Israel.
Neste domingo (14), em uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, solicitada por Israel, o embaixador israelense na organização, Gilad Erdan, pediu que a comunidade aplique todas as sanções possíveis ao Irã e afirmou que "Israel se reserva ao direito legal de retaliar" o Irã.
"Esse ataque ultrapassou todas as linhas vermelhas e Israel reserva-se o direito legal de retaliar [...]. Depois de um ataque tão massivo e direto contra Israel, o mundo inteiro, muito menos Israel, não pode se contentar com a inação. Defenderemos o nosso futuro", disse Erdan.