A Sérvia está sob forte pressão externa, enfrenta o desejo de certas forças de dividir seu território e declarar o povo sérvio responsável por genocídio, disse o presidente sérvio.
Aleksandar Vucic visitou no domingo (14) o quartel da unidade de Forças Especiais da Polícia Militar Cobra em Belgrado e as presenteou solenemente com a bandeira da unidade no aniversário da sua criação.
"A pressão está mais intensa do que nunca. Desde muitos que querem dividir nosso território àqueles que querem encontrar um culpado na pessoa da Sérvia por todos os seus erros e, assim, se justificar perante outros. Não vai ficar mais fácil, por isso devemos fortalecer nosso Exército, investir e ir além na defesa de nossa soberania, porque essa é a única maneira de deter todos aqueles que gostariam de destruir a Sérvia", disse Vucic em frente a uma formação de soldados.
"Nós, como políticos, faremos o nosso melhor, como um país pequeno, enfrentaremos os mais fortes do mundo. Aqueles que nos censuraram ontem por fazermos isso, nós o fazemos porque a dignidade não tem preço, porque a Sérvia não está à venda, porque amamos a pátria acima de tudo. Por isso, enfrentaremos todos os que acham que têm o direito de dividir nossa pátria em partes, mudar a história e caracterizar o sofrido povo sérvio como genocida", disse o presidente sérvio.
Segundo ele, Belgrado foi levada a uma situação em que "a única coisa que podemos fazer é proteger o que temos – nossa pátria, nossa Sérvia".
De acordo com a liderança da Sérvia e da República Sérvia da Bósnia e Herzegovina, a votação esperada da Assembleia Geral da ONU no final de abril ou início de maio sobre a resolução proposta pela Alemanha e Ruanda sobre o genocídio em Srebrenica em julho de 1995, e a proibição da negação do genocídio, proclama os sérvios como um "povo genocida" e levanta a questão da legitimidade da existência da região sérvia da Bósnia e Herzegovina.
Em 25 e 28 de março, a França e os EUA interromperam uma reunião do Conselho de Segurança da ONU solicitada pela Rússia no 25º aniversário do bombardeio da Iugoslávia. O representante da França declarou que esse tópico era irrelevante e que ninguém supostamente havia concordado com a França sobre a agenda das reuniões.
O Comitê Político da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (PACE, na sigla em inglês) reuniu-se em 27 de março em Paris, França, e aprovou o pedido da autoproclamada república de Kosovo para a sua adesão à organização. O próximo passo será o esperado debate e votação em plenário na assembleia em Estrasburgo, França, na quinta-feira (18).