Durante coletiva de imprensa realizada antes das Reuniões da Primavera de 2024 do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, Yellen afirmou esperar "plenamente que adotemos sanções adicionais contra o Irã nos próximos dias".
Embora tenha se abstido de detalhar especificamente quais setores do Irã seriam alvo das sanções, ela não descartou a possibilidade de restrições adicionais aos embarques de petróleo.
Essa medida poderia impactar significativamente o mercado global de energia, considerando que o Irã é o quarto maior exportador de petróleo, contribuindo com 3% da produção mundial.
Relatórios divulgados anteriormente indicam que dezenas de petroleiros continuam a transportar grandes quantidades de petróleo bruto do país.
Embora autoridades americanas tivessem a opção de interromper esses envios aconselhando a seguradora a revogar a cobertura para os petroleiros, navios são autorizados a continuar suas operações.
As tensões entre os EUA e o Irã remontam a décadas, com vários períodos de sanções impostas pelos EUA por diferentes motivos.
Em 2015, um acordo histórico foi alcançado entre o Irã e os EUA durante a presidência de Barack Obama, visando conter o desenvolvimento de armas nucleares.
No entanto, o acordo foi posteriormente cancelado pelo presidente Donald Trump, que reintroduziu sanções ao Irã em 2019.
A decisão de impor novos bloqueios exigirá um consenso mais amplo dentro da administração Joe Biden, conforme destacado por Yellen.
Embora o Tesouro dos EUA desempenhe papel crucial nesse processo, o Departamento de Estado também está envolvido, além de uma iniciativa diplomática abrangente liderada pelo presidente Biden.
Segundo ela, o recente ataque do Irã e seus representantes contra Israel — feito após o ataque israelense à Embaixada do Irã na Síria, que matou sete membros do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) — ressalta a "importância de utilizar ferramentas econômicas" para combater as atividades de outro país.
A ação iraniana envolveu cerca de 300 armas aéreas disparadas pelo Irã contra Israel, que foram interceptadas quase integralmente, segundo Tel Aviv, sem relatos de vítimas.