A Lockheed Martin ganhou um contrato de US$ 17 bilhões (cerca de R$ 89,4 bilhões) para desenvolver a próxima geração de interceptadores para defender os EUA contra um ataque intercontinental de mísseis balísticos, um acordo que foi aprovado enquanto o país continua sob o domínio de uma pesada dívida nacional.
O contrato prevê que o Departamento de Defesa dos EUA compre 20 interceptadores e os implante em Fort Greely, no Alasca, de acordo com a Agência de Defesa de Mísseis do país.
Entretanto, a dívida nacional dos EUA subiu para cerca de US$ 34,6 trilhões (cerca de R$ 182,1 trilhões) no início de abril, o que a secretária do Tesouro, Janet Yellen, disse ser um "número assustador".
Por seu lado, Vyacheslav Volodin, presidente da câmara baixa do parlamento russo, sublinhou que o "crescimento proibitivo" da dívida dos EUA significa que Washington "não tem planos de pagá-la".
"Atualmente, cerca de 28% das despesas orçamentárias dos EUA são financiadas por meio de montantes relacionados com a dívida nacional. Via de regra, o dinheiro é emprestado de outros países", escreveu Volodin em seu canal no Telegram.
Ele observou que nos últimos quatro anos, o tamanho da dívida nacional em percentagem do PIB aumentou de 107,2% para 131,5%.
O GAO alertou em um novo relatório que se as políticas de receitas e despesas permanecerem inalteradas, a dívida acumulada do país crescerá mais rapidamente do que a economia em geral e atingirá 200% do PIB até 2050. "Grandes déficits orçamentários impulsionam a dívida crescente, à medida que os gastos com Medicare e Previdência Social ultrapassam as receitas", disse o GAO.
Os pagamentos de juros governamentais em percentagem do PIB devem atingir um máximo histórico até 2030, em parte devido ao aumento das taxas de juro, de acordo com o relatório.
O Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA (CBO, na sigla em inglês), por outro lado, afirmou em um estudo que o rácio da dívida pública dos EUA em relação ao PIB aumentará de 97% em 2023 para 107% até o final de 2029, ultrapassando o pico histórico logo após a Segunda Guerra Mundial.
O rácio da dívida/PIB vai continuar acelerando, atingindo 116% em 2034 e 166% em 2054, aponta o estudo.
Os principais fatores são a segurança social, o pagamento de juros, os enormes cheques de estímulo durante a pandemia da COVID-19 e uma série de pacotes de investimento assinados sob a administração Biden, acrescentou o relatório.