A desaceleração das economias em desenvolvimento (4,3% em 2023 ante 4,2% em 2024 e 2025) e a ligeira aceleração das economias avançadas (1,6% em 2023; 1,7% em 2024; e 1,8% em 2025) são as causas do resultado projetado. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos nos países.
A Índia será a nação que mais crescerá no período (6,8% em 2024; e 6,5% em 2025), segundo as previsões do FMI, seguida da China (4,6% este ano; e 4,1% em 2025).
Ainda segundo o relatório, a Rússia deverá crescer 3,2% em 2024 e 1,8% em 2025. Já os Estados Unidos têm crescimento projetado de 2,7% em 2024 e de 1,9% em 2025, enquanto a zona euro deverá ter crescimento econômico de 0,8% em 2024 e de 1,5% em 2025.
O informe também projetou que o Brasil crescerá 2,2% em 2024 e 2,1% em 2025. O Banco Central brasileiro anunciou, no fim de maio, um crescimento de 1,9% do PIB do país para 2024.
Ontem, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, que projeta o crescimento real do PIB de 2,22% em 2024, de 2,80% em 2025 e 2,58% em 2026.
O crescimento mundial tem sido lento, segundo a entidade, que atribui o fenômeno aos efeitos tardios da pandemia, ao conflito na Ucrânia, ao baixo crescimento da produção e à divisão geoeconômica.
"A economia global tem mostrado uma surpreendente resiliência, apesar de significativos aumentos nas taxas de juros pelos bancos centrais para restaurar a estabilidade de preços", comenta a nota.
Previsão da inflação
Já a inflação mundial, que chegou a 6,8% em 2023, deve seguir tendência de queda e alcançar 5,9% em 2024 e 4,5% em 2025.
O levantamento argumenta que o crescimento do emprego e dos rendimentos se mantém constante, devido a uma "evolução positiva do lado da procura", sobretudo devido aos gastos públicos, consumos locais maiores do que o previsto e à expansão da oferta.
Apesar de ver equilíbrio para as perspectivas mundiais, o FMI pondera que há riscos de uma nova escalada de preços por causa de tensões geopolíticas, como o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e entre Israel e o grupo palestino Hamas.
Na avaliação da entidade, o atual cenário associado à persistência da inflação em países de onde há fuga de mão de obra pode causar aumento das expectativas de taxas de juros, bem como redução nos preços dos ativos.