A carta foi enviada por meio da ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, em visita oficial ao Brasil.
A chanceler argentina foi recebida na segunda-feira (15) por seu homólogo brasileiro, Mauro Vieira, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Mondino aproveitou seu primeiro compromisso no Brasil desde a eleição de Milei, no ano passado, para entregar o recado ao presidente Lula.
A ministra também se reuniu com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, para tratar da relação bilateral dos seus respectivos países.
Após essa reunião, o Itamaraty destacou que o vínculo entre Brasil e Argentina "constitui uma verdadeira política de Estado para ambos os países".
Mondino, que conclui na quarta-feira (17) a visita ao país vizinho, reuniu-se também nesta terça-feira com grandes empresários brasileiros na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
Com a visita de três dias, a chanceler busca se aproximar do Brasil, na tentativa de estreitar as relações com o país vizinho. A referida carta, inclusive, é a segunda que Milei envia a Lula.
Na primeira carta, também enviada por Mondino, o chefe do Executivo argentino convidou o presidente brasileiro para sua posse, no dia 10 de dezembro, mas Lula desistiu de participar.
Antes de assumir a presidência da Argentina, Milei chamou Lula de "corrupto", "comunista" e "socialista envenenado", além de manifestar a disposição em romper relações com o país vizinho.