"As sanções que os EUA anunciaram hoje têm como objetivo atingir nossos rendimentos para que não possamos melhorar os rendimentos dos trabalhadores na Venezuela", disse o presidente durante discurso.
Os EUA decidiram não renovar a isenção de sanções ao setor de petróleo e gás venezuelano, depois de argumentarem que as autoridades do país não cumpriram alguns dos pontos dos Acordos de Barbados, relacionados à desqualificação de candidatos nas eleições presidenciais.
A respeito desse ponto, Maduro destacou que o seu país não permitirá ameaças do governo de Joe Biden.
"Os estrangeiros acreditam que podem ameaçar a Venezuela; não podem ameaçar a Venezuela […]. Os sobrenomes [em referência aos líderes da oposição] pedem novas sanções para prejudicar a economia da Venezuela", acrescentou.
Da mesma forma, o presidente indicou que as sanções não prejudicarão o esforço do seu país para criar um novo modelo econômico produtivo.
"Não há sanção, não há ameaça que hoje prejudique o esforço de construção de um novo modelo econômico produtivo, porque hoje não dependemos de ninguém neste mundo, dependemos apenas do nosso esforço, do nosso trabalho, da união que temos, dos nossos planos, da nossa sabedoria, da boa vontade nacional", disse ele.
O governo dos EUA decidiu, em 29 de janeiro, revogar outra licença que autorizava transações envolvendo a empresa estatal venezuelana de mineração de ouro Minerven, concedida em outubro de 2023, em resposta ao acordo sobre as eleições presidenciais entre o governo e a oposição da Venezuela.
Em outubro de 2023, o governo e a oposição assinaram dois acordos parciais em Barbados que contemplavam o respeito ao direito de cada ator político escolher livremente o seu candidato para as eleições presidenciais de 2024.