Os restos pertencem a uma espécie de ictiossauro: um réptil marinho pré-histórico com mais de 25 metros de comprimento. A criatura viveu há cerca de 202 milhões de anos ao lado dos dinossauros, relata a BBC.
A primeira vez que a mandíbula fossilizada foi avistada aconteceu em 2016, quando o caçador de fósseis Paul de la Salle estava caminhando na praia de Somerset. Em 2020, na mesma praia e agora acompanhado de sua filha, encontraram outra mandíbula semelhante.
"Com base no tamanho das mandíbulas – uma delas com mais de um metro de comprimento e a outra com dois metros de comprimento – podemos concluir que o animal inteiro teria cerca de 25 metros de comprimento, quase o comprimento de uma baleia azul", segundo Dean Lomax, paleontólogo da Universidade de Bristol, que escreveu o artigo científico publicado na quarta-feira (17).
O ictiossauro gigante morreu numa extinção em massa e os ictiossauros que viveram depois disso nunca mais atingiram o tamanho enorme, disse o cientista.
Quando Paul conversou com Lomax, eles suspeitaram que poderiam estar no caminho de uma grande descoberta, no entanto, queriam mais evidências para entender o quão grande era a criatura.
A equipe de Lomax, assim como Paul e seus familiares, seguiu em busca de fragmentos da segunda mandíbula: o último pedaço foi encontrado em 2022.
O espécime que Paul encontrou estava em sua garagem há três anos enquanto a equipe o analisava. Em breve estará em exposição pública no Museu e Galeria de Arte de Bristol.
"Ficarei um pouco triste em dizer adeus. Conheci e estudei [o fóssil] com tantos detalhes. Mas também é um alívio porque não terei que me preocupar tanto com isso", diz Paul.
Lomax declarou que a descoberta destaca a importância dos colecionadores amadores de fósseis.
"Famílias e todos os tipos de pessoas podem fazer descobertas incríveis. Você não precisa ser um especialista mundial. Contanto que tenha um pouco de paciência e um olhar atento, você pode fazer uma descoberta", afirmou o especialista citado pela BBC.