Panorama internacional

Empresas militares privadas dos EUA e Canadá podem pilotar F-16 na Ucrânia, diz especialista

Firmas como Top Aces e Draken International podem participar de operações na Ucrânia, inclusive com a participação de pilotos que são considerados ucranianos, mas na realidade não o são, disse um especialista.
Sputnik
Empresas militares privadas dos EUA e Canadá podem ser utilizadas para pilotar os caças F-16 na Ucrânia, disse um especialista francês no setor de aviação à Sputnik.
"Há a possibilidade de atrair pilotos preparados. Na verdade, há duas companhias privadas no mundo que têm com certeza pilotos de F-16 preparados: a canadense Top Aces e a americana Draken International", disse Cyril Delattre, acrescentando que se tratam de "empresas militares que já têm 100% de pilotos treinados para F-16".
Delattre apontou que "no pior dos casos essas duas companhias privadas podem assinar um contrato para a pilotagem desses aviões na Ucrânia".
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O especialista ressaltou que há muitos problemas ligados com a preparação dos pilotos ucranianos, que inclusive não falam bem inglês. Tudo o que eles podem fazer é voar de base em base na Europa. Muitos deles são tipicamente enviados para o Reino Unido ou os EUA para melhorar suas qualificações linguísticas.
"Pode haver uma situação em que se dirá que um piloto ucraniano treinado em F-16 será, na verdade, francês", referiu.
Como exemplo, em uma base francesa, os pilotos ucranianos são treinados primeiro no avião turboélice RS-21, na qual a cabine de comando é digitalizada, ao contrário das aeronaves ucranianas. O piloto tem primeiro que se aclimatizar com essa máquina, para se acostumar com o uso de instrumentos. No segundo estágio, eles são transferidos para antigas aeronaves Alfa Jet desativadas e, somente depois disso, podem ser enviados para o treino de pilotagem dos F-16, explicou Cyril Delattre.
Vários países ocidentais prometeram a Kiev fornecer caças F-16, e os atrasos repetidos são atribuídos à complexidade de sua preparação e implantação, bem como à necessidade de treinar um número suficiente de pilotos.
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