Segundo ele, hoje a demanda de gás do Brasil é de cerca de 100 milhões de m³ por dia e o país tem um potencial de incremento da oferta nacional em até 150 milhões de m³ por dia.
"Estamos com discussões avançadas com a Argentina para recebermos gás da região de Vaca Muerta, e inclusive estive com o presidente do Paraguai nesta semana para ampliar as rotas possíveis. Podem ser mais 3 milhões de m³ por dia vindo da Argentina", disse o ministro no encerramento do evento Gas Week, que é o maior da indústria de gás natural do Brasil, em Brasília.
A rota do gás ainda está sendo estudada, mas uma que foi cogitada passa pelo Paraguai e outra aproveita uma parte ociosa do Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol).
A produção nacional de gás natural é de aproximadamente 140 milhões de m³ por dia, enquanto a reinjeção (para não queimar o gás) é de cerca de 73 milhões de m³ por dia.
"Sabemos que a reindustrialização do Brasil representa aumento do PIB, aumento da arrecadação, alívio fiscal, ampliação da infraestrutura, emprego e renda para brasileiras e brasileiros. Vamos aproveitar melhor o gás natural que produzimos aqui. Não dá para ficar reinjetando a metade dessa riqueza tão preciosa para a nossa gente", defendeu o ministro.
O ministro abordou ainda medidas para o setor de gás natural com potencial para injetar quase R$ 100 bilhões no produto interno bruto (PIB) brasileiro e criar mais de 430 mil empregos.
Um dos objetivos do ministério, anunciou ele, é reduzir em US$ 7 (R$ 36,70), ou 25%, o preço do gás natural no Brasil.
Ainda segundo Silveira, o preço do gás natural passou de cerca de US$ 10 (cerca de R$ 50) em 2019 para quase US$ 16 (cerca de R$ 90) em 2022.