Panorama internacional

Sanções do Ocidente geram perdas ao Paraguai no comércio com a Rússia, lamenta ministro

As sanções ocidentais estão levando a perdas do Paraguai no comércio com a Rússia, mas o país espera restaurar rapidamente a receita, disse nesta quinta-feira (18) o ministro das Finanças paraguaio, Carlos Fernández Valdovinos, em entrevista à Sputnik, durante a conferência de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
Sputnik

"Mesmo que a carne bovina paraguaia possa estar indo para a Rússia neste momento, a Rússia provavelmente está pagando um preço muito mais alto do que deveria pagar pela carne paraguaia, e o Paraguai está recebendo muito menos dinheiro do que deveria receber em circunstâncias normais. Mas acreditamos que no final tudo ficará resolvido", enfatizou.

Valdovinos destacou que a Rússia é atualmente um dos principais mercados das exportações de carne bovina paraguaia e que, embora as sanções ocidentais não tenham surtido o efeito desejado, complicaram o comércio entre os países.
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Outros países também têm sentido o peso das sanções contra a Rússia na queda de rendimentos comerciais. O maior centro de comércio de diamantes do mundo, na cidade belga de Antuérpia, enfrenta atrasos burocráticos e perdas devido às restrições a diamantes de origem russa.
O êxodo corporativo da Rússia desde o começo da operação especial na Ucrânia custou às empresas estrangeiras mais de US$ 107 bilhões (R$ 534 bilhões) em baixas contáveis e perda de receitas, segundo matéria da Reuters divulgada em março.
Moscou exige descontos de pelo menos 50% nas vendas de ativos estrangeiros e tem reforçado continuamente os requisitos de saída, aceitando frequentemente taxas nominais de apenas 1 rublo (R$ 0,056).
As nações ocidentais congelaram cerca de US$ 300 bilhões (R$ 1,4 trilhão) das reservas de ouro e divisas do Banco da Rússia após a operação. A Alemanha nacionalizou a Gazprom Germania, passando a chamá-la de Sefe, e colocou a refinaria Schwedt sob tutela alemã.
Segundo dados da Castellum.AI, a Rússia é o país mais punido por sanções, à frente do Irã, Síria, Coreia do Norte, Belarus e Venezuela, já que desde fevereiro de 2022 foram alançadas mais de 16,5 mil novas medidas restritivas contra Moscou, além das 2.695 que já estavam em vigor.
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