"Russell Bentley, também conhecido como Texas, um verdadeiro americano, morreu em Donetsk. Ele lutou pelo nosso povo. Ele colaborou com o nosso canal Sputnik. Que notícia terrível. Descanse em paz", escreveu Simonyan em seu canal no Telegram.
Na última sexta-feira (12), a Sputnik noticiou o desaparecimento do correspondente. Segundo o Ministério de Assuntos Internos da República Popular de Donetsk (RPD), o homem foi visto pela última vez em 8 de abril.
"Donetsk é a minha casa e vou viver aqui pelo resto da minha vida", disse certa vez.
Bentley juntou-se à milícia de Donbass em 2014, participando ativamente na defesa da liberdade da região contra as forças neonazistas ucranianas. De 2014 a 2017, ele serviu na unidade de combate "Essência do Tempo", no Batalhão Vostok (Leste) e no batalhão de forças especiais Khan. Ele participou de algumas das batalhas mais acirradas durante a fase inicial do conflito de Donbass, incluindo as do aeroporto de Donetsk, de Spartak, de Avdeevka e de Yasinovataya.
Depois de se aposentar do serviço militar, Bentleу voltou-se para o trabalho de ajuda humanitária e o jornalismo. Ele se converteu ao cristianismo ortodoxo russo e em 2021 recebeu a cidadania russa.
Nascido em uma família abastada em Dallas em 1960, a visão de mundo de Bentley foi moldada pela Guerra do Vietnã, levando-o a se tornar um fervoroso anti-imperialista e antirracista. O seu compromisso com a justiça o levou à linha de frente do conflito, onde lutou ao lado dos combatentes pela liberdade de Donetsk e Lugansk.
O envolvimento de Bentley foi além do combate. Ele serviu como colaborador da Sputnik e, graças às suas reportagens, forneceu informações em primeira mão sobre a operação militar especial da Rússia, a libertação de Mariupol, as forças mercenárias estrangeiras na Ucrânia e os ataques intensificados do regime de Kiev contra civis.
As suas entrevistas com veteranos de combate russos e compatriotas americanos na zona de guerra de Donbass tiveram como objetivo lançar luz sobre a verdade do conflito. Apesar dos perigos que enfrentou, Bentley permaneceu dedicado à sua missão de informar o mundo sobre a situação em Donbass.