Além de discursos favoráveis ao ex-presidente, que é investigado no inquérito sobre os protestos que vandalizaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, o público defendeu o dono da rede social X, Elon Musk, e a liberdade de expressão. Ainda foram feitas críticas à imprensa, ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Em um trio elétrico, o ex-presidente declarou ser vítima de uma covardia do sistema, sem mencionar nominalmente as instituições brasileiras. No início do ano, Bolsonaro teve o passaporte apreendido e chegou a se abrigar na Embaixada da Hungria.
"Nunca jogamos fora das quatro linhas. Alguém já viu essa minuta de golpe? Quando se fala em estado de sítio, é uma proposta que o presidente, dentro de suas atribuições constitucionais, pode submeter ao parlamento brasileiro. O presidente não baixou decreto nenhum. Só baixa decreto depois que o parlamento der o sinal verde", disse Bolsonaro, que foi tornado inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em dois processos.
O ex-presidente ainda defendeu o grupo que foi preso por conta dos atos de 8 de janeiro e comentou sobre o processo eleitoral.
"Que nós possamos disputar as eleições sem qualquer suspeição. Afinal de contas, a alma da democracia é uma eleição limpa, onde ninguém pode sequer pensar em duvidar dela. Não estou duvidando das eleições, página virada. Até porque podemos ver, um dia, um time de futebol sem torcida ser campeão, mas pela primeira vez na história do Brasil, nós estamos vendo um presidente eleito sem povo ao seu lado", afirmou.
Na sequência, Bolsonaro pediu uma salva de palmas ao bilionário Elon Musk, que nas últimas semanas travou um embate com o STF por conta de decisões judiciais que determinaram a suspensão de perfis na rede social X por ataques à democracia. "Quando eu estive com Elon Musk em 2022 começaram a me chamar de mito. Eu falei: Não, aqui, em 2022, temos um mito da liberdade, Elon Musk", argumentou.
A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro também discursou e falou sobre religião e participação feminina na política. Ainda compareceram ao ato o pastor Silas Malafaia e deputados federais como Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Nikolas Ferreira (PL-MG). O governador do Rio, Cláudio Casto (PL), também estava presente, mas não foi anunciado e nem discursou.
O aposentado Rangel Filho saiu de Rio das Ostras, na região dos Lagos, para participar do ato em Copacabana e ressaltou à Sputnik Brasil a confiança em Bolsonaro.
"Nunca vi um presidente que tivesse as qualidades do Bolsonaro. Bolsonaro é um homem decente, um homem verdadeiro, um homem corajoso, humilde e, acima de tudo, patriota. Por isso eu deixei a minha cidade para chegar aqui, tendo acordado três horas da manhã, reconhecendo o nosso presidente. Estou muito feliz. Estarei em busca da vida e do apoio total para o nosso presidente", afirmou.