O pacote de gastos tornará os investimentos em Defesa britânicos equivalentes a 2,5% do PIB até o fim da década. Divulgado pelo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, durante uma visita a Polônia nesta terça-feira (23), a nova meta foi descrita como "o maior reforço da nossa Defesa nacional em gerações".
De acordo com o gabinete ministerial, o pacote também "estabelece um novo padrão a ser seguido por outras grandes economias europeias da OTAN".
O movimento vem em meio a uma busca maior por autonomia em Defesa dos países europeus, como Alemanha, França e Polônia, que buscam ajustar suas políticas externas segundo uma possível vitória eleitoral do candidato republicano e ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
"Não podemos continuar pensando que a América pagará qualquer preço ou suportará qualquer fardo se não estivermos dispostos a fazer sacrifícios pela nossa própria segurança", disse Sunak durante uma conferência de imprensa ao lado de Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN.
O pacote britânico prevê um aumento na produção de munições e mudanças "radicais" nos procedimentos de Defesa do Reino Unido, como a criação de uma Agência de Inovação em Defesa para aprimorar pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias.
Parte dos novos investimentos também inclui o envio de caças Typhoon da Força Aérea Real (RAF) para patrulhar o espaço aéreo da Polônia no próximo ano.
A Polônia é o país que hoje tem o maior gasto proporcional ao PIB em Defesa dos países da OTAN, se utilizando de uma retórica russofóbica para militarizar as fronteiras do país.