Bouyakhrichan foi preso em janeiro deste ano na cidade de Marbella, Espanha, em uma mega-operação contra lavagem de dinheiro. Ao saberem de sua captura, as autoridades holandesas entraram com um pedido de extradição para que o criminoso fosse julgado nos Países Baixos.
A Corte Nacional da Espanha acatou o pedido, mas a Corte da Província de Málaga, que tem jurisdição na região, negou. No entanto, voltou atrás na decisão após as autoridades holandesas apelarem o pedido.
O criminoso é acusado nos Países Baixos de liderar um grupo mafioso marroquino, responsável por uma guerra por pontos de tráfico de drogas que deixou dezenas de pessoas mortas na Bélgica, Países Baixos, Espanha e Marrocos ao longo de dez anos, afirma a Interpol.
Bouyakhrichan, no entanto, nunca chegou a ser entregue às autoridades holandesas.
Isto porque a Corte Nacional da Espanha se esqueceu de protocolar um pedido de prisão preventiva, fazendo com que na sua primeira audiência criminal o juiz postulasse uma fiança de €50 mil (R$ 274 mil), que logo foi paga por Bouyakhrichan, que desapareceu do mapa.
Com a fuga do mafioso, as autoridades holandesas estão em alerta máximo, uma vez que em 2022 a princesa Catarina Amália foi posta sob proteção especial após evidências concretas surgirem que Bouyakhrichan planejava matar ou sequestrar a herdeira do trono holandês.