O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido declarou nesta quinta-feira (25) que as sanções "são direcionadas a pessoas e empresas relacionadas com a indústria iraniana de drones".
O pacote de sanções, anunciado em coordenação com Washington e Ottawa, teve como justificativa a retaliação ao ataque conduzido pelo Irã, quando mais de 300 drones e mísseis foram disparados contra o território israelense.
"O perigoso ataque do regime iraniano contra Israel representou o risco de milhares de vítimas civis e uma escalada mais ampla na região", declarou o ministro das Relações Exteriores, David Cameron. "Hoje o Reino Unido e nossos parceiros enviaram uma mensagem clara: vamos responsabilizar os responsáveis pelo comportamento desestabilizador do Irã", acrescentou.
O Reino Unido também anunciou o plano de ampliar as sanções comerciais à exportação para o Irã de componentes utilizados na produção de drones e mísseis, visando negar à república islâmica o acesso aos componentes necessários para desenvolver essas armas, limitando assim suas capacidades militares.
Já o governo do Canadá impôs novas sanções a entidades e indivíduos, incluindo o ministro da Defesa iraniano, Mohammad Reza Ashtiani, informou a chancelaria canadense. Ottawa sancionou ainda o Quartel-General Central Khatam al-Anbiya e o Estado-Maior das Forças Armadas do Irã.
No dia 13 de abril, o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) lançou mais de 300 drones e mísseis no seu primeiro ataque direto contra Israel, em resposta ao bombardeio israelense à seção consular da embaixada iraniana em Damasco.
Segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, o país judeu interceptou 99% dos projéteis disparados, incluindo todos os drones.
Em 19 de abril, Israel atacou com drones a província iraniana de Isfahan, que abriga um importante centro de pesquisa nuclear. A defesa antiaérea iraniana abateu vários veículos aéreos não tripulados.