Panorama internacional

Embaixadas ucranianas funcionam como centros de recrutamento de mercenários, diz ex-oficial francês

As embaixadas ucranianas funcionam como centros de recrutamento de mercenários para participar das hostilidades ao lado das Forças Armadas da Ucrânia, disse à Sputnik Nicolas Cinquini, ex-funcionário do serviço de inteligência antiterrorismo francês.
Sputnik

"Desde o início da operação militar especial russa, as embaixadas ucranianas têm servido como centros de recrutamento. Notei também que os primeiros voluntários, uma vez na Ucrânia, também começaram a recrutar [outros] através das redes sociais", contou ele em entrevista exclusiva à Sputnik.

Ainda segundo Cinquini, aos militares franceses estão sendo prometidos um "paraquedas dourado" por se demitirem do Exército de seu país de forma fictícia e lutarem na Ucrânia.
Alguns podem estar na Ucrânia desde o início da operação militar especial em fevereiro de 2022, juntamente com civis franceses comuns que foram lutar pelo regime de Kiev por conta própria.

"São agentes que permanecem muito secretos e são difíceis de identificar," observou o ex-oficial. "Fontes nos disseram que nas fileiras do Exército francês os especialistas receberam propostas atraentes: falsa demissão, uma garantia de reintegração após a conclusão e, entretanto, uma renda significativamente superior ao seu salário normal" disse ele.

Em fevereiro, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que Paris faria de tudo para impedir a Rússia de "vencer esta guerra". Em uma conferência sobre assistência à Ucrânia, ele levantou a questão do envio de tropas francesas para a zona de combate, mas nem os líderes europeus nem a oposição em seu próprio país o apoiaram.
Operação militar especial russa
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No início de março, Macron também enfatizou que a França "não tem limites ou linhas vermelhas" em questões de apoio à Ucrânia.
O diretor do Serviço de Inteligência Externa russo, Sergei Naryshkin, afirmou que a França já havia começado a treinar um contingente a ser enviado para a zona de conflito, composto por cerca de 2 mil militares na fase inicial.
O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse por telefone ao seu homólogo francês, Sébastien Lecornu, que o envio de tropas francesas para a Ucrânia criaria problemas para a própria França.
O presidente russo Vladimir Putin declarou recentemente que o envio de tropas europeias para a Ucrânia não mudará a situação no campo de batalha, mas levará a consequências graves para Kiev. Em resposta às palavras de Macron sobre a ausência de linhas vermelhas, o líder russo disse que Moscou também não terá restrições em relação a tal abordagem.
Apesar da divulgação na imprensa de fatos sobre cidadãos franceses mortos na Ucrânia, o Ministério das Relações Exteriores francês negou a presença de mercenários franceses nas fileiras das Forças Armadas da Ucrânia, acusando a Rússia de "desinformação".
Em meados de março, o ministro da Defesa russo informou que, durante a operação militar especial, mais de 13 mil mercenários estrangeiros chegaram à Ucrânia e que cerca de 6 mil deles foram eliminados.
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