A reportagem afirma que investigou sete ataques israelenses que mataram palestinos em áreas do sul de Gaza designadas como zonas seguras por Israel, entre janeiro e abril.
Segundo o canal norte-americano, em 18 de dezembro as Forças Armadas israelenses lançaram panfletos em Gaza que identificavam os bairros de Tal Al Sultan, Al Zuhur e Al Shaboura como seguros e diziam aos residentes de Gaza para procurarem abrigo na região.
No entanto, a emissora afirma que os três locais foram atingidos por ataques aéreos israelenses.
As equipes de câmera da NBC News filmaram o depois de seis ataques em Rafah e de um mais ao norte, na zona humanitária de Al-Mawasi, também designada como segura por Israel.
"As equipes compilaram as coordenadas GPS de cada ataque, todos atingindo uma área identificada pelo Exército israelense como zona de evacuação, em um mapa interativo on-line que foi divulgado em 1º de dezembro. O mapa não foi atualizado desde então, e as Forças de Defesa de Israel disseram à NBC News em um comunicado no domingo [21] que ele permanecia preciso", diz a matéria.
Agências internacionais de ajuda e residentes de Gaza têm chamado o mapa de confuso e difícil de ler. Os apagões regulares de Internet desde o início da guerra também teriam dificultado o acesso dos civis a ele.
A operação de Israel em Gaza resultou, até agora, na morte de mais de 34 mil palestinos e deixou mais de 77 mil feridos. Tel Aviv reage ao Hamas há seis meses, desde que o grupo palestino fez um ataque sem precedentes ao Estado judeu, em 7 de outubro de 2023, que deixou 1,2 mil mortos e 240 pessoas feitas reféns.
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu repetidamente invadir Rafah, cidade palestina que faz fronteira com o Egito, para garantir "a destruição ou a eliminação" do Hamas. Isso tem causado uma crescente preocupação quanto à segurança dos civis que buscaram abrigo na região.