Myles McKnight, um ex-estudante de Princeton, compartilhou uma foto no X (antigo Twitter) mostrando manifestantes com a bandeira do movimento baseado no sul do Líbano. "Em Princeton, bandeiras do Hezbollah", diz o post.
O Hezbollah é uma parte fundamental do grupo chamado "Eixo da Resistência" que luta contra Israel e os Estados Unidos em todo o Oriente Médio.
De acordo com o Daily Princetonian, o jornal independente dirigido por estudantes da universidade, os organizadores do protesto na faculdade disseram que pediram que a bandeira fosse guardada imediatamente após reconhecê-la, relata a revista Newsweek.
A postagem surge em meio a protestos pró-palestinos em andamento em diversas faculdades nos EUA, com os organizadores pedindo que as escolas condenem a guerra em curso na Faixa de Gaza.
Estudantes da Universidade de Columbia criaram um "Acampamento de Solidariedade à Gaza" para exigir que a administração de Columbia se desfizesse de empresas afiliadas a Israel. Um protesto semelhante eclodiu na Universidade de Princeton esta semana, em Nova Jersey.
Na quinta-feira (25), um porta-voz de Princeton confirmou que vários manifestantes foram presos no campus após tentarem erguer o mesmo tipo de acampamento. Nas redes socias, diversos usuários norte-americanos disseram que os estudantes deveriam ser expulsos.
"A bandeira terrorista do Hezbollah foi hasteada nas universidades americanas. [...] O Hezbollah é designado como uma organização terrorista em vários países ao redor do mundo, incluindo os Estados Unidos. Portanto, todos os estudantes que levantam a bandeira terrorista do Hezbollah nos campos universitários devem ser expulsos", disse um usuário.
As tensões nos campos universitários têm aumentado nos últimos seis meses, à medida que Israel continua a sua guerra no enclave e se prepara para entrar em Rafah, parte sul de Gaza onde estão mais de um milhão de pessoas desabrigadas.
Mais de 34 mil palestinos já morreram e dezenas de milhares estão feridos. Do lado israelense, cerca de 1.350 morreram e 253 foram sequestradas.