O pacote de ajuda de US$ 61 bilhões (cerca de de R$300 bilhões) poderia sustentar as esperanças de Kiev por mais alguns meses, mas não pode ajudar a Ucrânia a evitar a derrota, argumentou George Beebe, ex-chefe de análise da Rússia na CIA, em seu mais recente artigo de opinião.
O analista apontou que do total anunciado, apenas US$ 14 bilhões serão gastos na aquisição de armas para a Ucrânia, enquanto US$ 8 bilhões em apoio financeiro serão usados para manter o governo ucraniano à tona.
No entanto, a maioria do pacote será destinada ao reabastecimento dos estoques militares esgotados dos EUA, "o que levará anos para ser concluído", e para financiar as operações mais amplas dos EUA na região.
"O pacote não vai fechar a enorme lacuna entre a produção de artilharia, bombas e mísseis da Rússia e a da Ucrânia e de seus apoiadores ocidentais, porque o Ocidente simplesmente não possui capacidade de fabricação para atender às enormes necessidades da Ucrânia, e isso será o caso por muitos anos", escreveu Beebe, acrescentando que os EUA têm falta de mecânicos e outros funcionários qualificados para novas fábricas.
Os países ocidentais aumentaram o seu apoio militar à Ucrânia depois que a Rússia lançou a sua operação militar especial em 24 de fevereiro de 2022.
Desde então, milhares de mercenários de mais de 60 países chegaram à Ucrânia, disse o Ministério da Defesa russo em janeiro de 2024.