De acordo com relatos da mídia local, há um medo real nos altos círculos governamentais israelenses de que Netanyahu seja alvo de um mandado de prisão por parte de Haia.
Uma fonte governamental de Tel Aviv disse ao meio de comunicação citado, sob condição de anonimato, que atualmente "Haia está focada nas acusações de que Israel deliberadamente privou os palestinos de Gaza de alimentos".
Portanto, o governo de Israel está trabalhando para "bloquear as temidas ordens de detenção" que poderiam ser emitidas pelo TPI, de acordo com o alto funcionário consultado.
Os dois órgãos que estariam envolvidos em tentar impedir uma possível ordem são o Conselho de Segurança Nacional e o Ministério das Relações Exteriores. "Estamos operando onde podemos", comentou um diplomata israelense ao jornal.
As ordens de detenção também poderiam ser emitidas contra outros funcionários do governo ou das Forças de Defesa de Israel, precisou o The Times of Israel.
O país liderado por Netanyahu iniciou uma ofensiva em grande escala contra a Faixa de Gaza desde outubro passado, alegando querer erradicar o movimento palestino Hamas. No entanto, seus ataques resultaram na morte de mais de 34 mil pessoas, a maioria civis, de acordo com relatos das autoridades locais de Gaza e agências da ONU.
Em 29 de dezembro passado, o governo da África do Sul apresentou uma queixa contra Israel por suposto "genocídio" em Gaza perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ), o tribunal da ONU responsável por resolver disputas entre Estados.
O TPI é outro órgão judicial do sistema de direito internacional que trabalha em questões penais relacionadas a indivíduos, não a países.