Panorama internacional

Apesar de falas de Milei, Argentina e China concordam em aprofundar relações, diz ministra argentina

Apesar de declarações do presidente argentino Javier Milei sobre sua relutância em desenvolver laços com a China, os países concordaram em aprofundar relações bilaterais em muitas áreas, segundo a ministra das Relações Exteriores do país sul-americano, Diana Mondino, após visita a Pequim.
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Durante a campanha eleitoral, Milei disse repetidamente que pretendia se concentra na cooperação com os Estados Unidos e Israel, ao mesmo tempo que deixava de promover laços a nível governamental com o principal parceiro comercial argentino, citando o fato de não querer fazer negócios com comunistas.

"Estamos concluindo esta revisão [das obrigações e dos mecanismos de cooperação] enquanto aguardamos a convocação de reuniões dos grupos de negociação, com o objetivo de garantir um diálogo regular, tranquilo e construtivo sobre questões comerciais e econômicas", disse ela. "Concordamos em fortalecer e expandir cooperação nas áreas de comércio, investimento, energia, infraestrutura e turismo, entre outros temas", completou, conforme comunicado divulgado pela pasta.

Ele havia dito que o Estado não iria auxiliar na cooperação para a construção de negócios com os chineses.
Após chegar ao poder, no entanto, Milei suavizou sua retórica. Ele enviou diversas vezes saudações ao líder chinês Xi Jinping e convidou representantes do país para a sua posse.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conforme relatado pelo Ministério das Relações Exteriores argentino, classificou as negociações como "profundas e muito bem-sucedidas", desejando ao governo argentino sucesso no desenvolvimento de reformas econômicas.
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Mondino foi acompanhada durante a visita por uma delegação empresarial de exportadores, bem como pelo ministro da Fazenda, Pablo Quirno, e pelo presidente do Banco Central argentino, Santiago Bausili.
Fontes do governo argentino disseram à Sputnik antes da visita que um dos temas de discussão deveria ser o atual acordo de swap cambial, considerado extremamente importante para Buenos Aires. No governo anterior, o país utilizou o mecanismo para saldar dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
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