A expectativa do governo é de que o valor fique entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões até o fim do ano, o que corresponde a quase 70% do produto interno bruto (PIB) chegado em 2023, que foi de R$ 10,9 trilhões.
O indicador ultrapassou R$ 6 trilhões pela primeira vez na história em abril do ano passado, impulsionado também pela alta taxa de juros do país desde o início da pandemia, o que eleva o endividamento do governo.
A alta do dólar no último mês também ajudou a contribuir em 0,21% na elevação da dívida pública externa, que ultrapassou R$ 276 bilhões.
Reserva financeira do governo
Também houve um leve crescimento do chamado colchão da dívida pública, uma reserva financeira que pode ser usada pelo governo em momentos de turbulência, que passou de R$ 885 bilhões para R$ 887 bilhões. Com o valor, o governo consegue cobrir 6,95 meses da dívida pública, que para os próximos 12 meses vai custar R$ 1,211 trilhão.
Por fim, os dados apontam que as instituições financeiras são as principais detentoras da dívida pública federal, com 29,3% de participação no estoque, seguidas pelos fundos de pensão (23,3%) e os fundos de investimento (22,9%).
A dívida pública é usada pelo governo para pegar dinheiro com investidores e conseguir honrar compromissos fiscais — no ano passado, por exemplo, o déficit nas contas públicas ultrapassou R$ 146 bilhões. O Tesouro devolve os recursos após um período, com correção pela taxa Selic, o dólar, a inflação ou um percentual prefixado.