Panorama internacional

Manifestantes pró-Palestina ocupam prédio de campus nos EUA; ONU critica 'mão pesada' de forças

Nesta terça-feira (30), em meio a fortes protestos contra a guerra na Faixa de Gaza em universidades nos Estados Unidos, o chefe de Direitos Humanos da ONU disse estar "preocupado com as ações violentas" tomadas por forças de segurança para conter as manifestações.
Sputnik
O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, citou "liberdade de expressão" e "direito de reunião pacífica" ao falar sobre o assunto.

"A liberdade de expressão e o direito de reunião pacífica são fundamentais para a sociedade – especialmente quando há desacordos acentuados sobre questões importantes, como acontece em relação ao conflito no território palestino ocupado e em Israel", disse Turk, segundo um comunicado de imprensa publicado pelo órgão da ONU.

O alto comissário acrescentou que estava "preocupado que algumas das ações de aplicação da lei em uma série de universidades pareçam desproporcionais em seus impactos".
Nas últimas semanas, milhares de estudantes universitários dos EUA protestaram contra a guerra em Gaza.
Na segunda-feira (29), a polícia entrou em confronto com manifestantes na Universidade do Texas em Austin. As forças usaram spray de pimenta e realizaram prisões enquanto desmantelavam um acampamento, somando-se às mais de 350 pessoas detidas em todo o país no fim de semana.
Imagens de policiais convocados em várias faculdades para dispersar os protestos foram vistas em todo o mundo, relembrando o movimento que eclodiu durante a Guerra do Vietnã.

Manifestantes ocupam prédio da Universidade de Columbia

Na madrugada de segunda-feira (29) para terça-feira (30), estudantes da Universidade de Columbia ocuparam um edifício do campus da instituição, enquanto outros estabeleceram uma corrente humana do lado de fora do prédio.
De acordo com a NBC News, a Columbia começou a suspender estudantes que desafiaram o prazo para deixar o acampamento pró-Palestina instalado no campus universitário.
"Vamos terminar o que fizeram em 1968", gritou alguém da ocupação, aparentemente referindo-se ao famoso protesto contra a Guerra do Vietnã em que o mesmo edifício foi ocupado, relata a mídia.
Uma faixa no exterior do edifício foi pendurada com o escrito "Hind's Hall" para reconhecer uma menina de seis anos, Hind Rajab, que foi encontrada morta em Gaza, dias depois de ter sido encurralada sob o fogo israelense.
Mais de 700 manifestantes foram presos durante manifestações em campi universitários nos Estados Unidos desde meados de abril, estimou o jornal norte-americano The New York Times no sábado (27), conforme noticiado.
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