O CNS Fujian, o terceiro porta-aviões do país, iniciou seu primeiro teste no mar pela manhã desta quarta-feira (1º), de acordo com a Marinha do Exército de Libertação Popular (ELP) da China. A força anunciou o desenvolvimento em um breve comunicado, sem entrar em detalhes como o cronograma e o local planejado para o teste.
O teste no mar se destina a verificar a fiabilidade e estabilidade dos sistemas de propulsão e de energia elétrica do porta-aviões antes de ser entregue à Marinha, relata o portal China Daily.
O porta-aviões de 316 metros está equipado com três catapultas eletromagnéticas para lançar caças, o que é semelhante ao sistema avançado usado pelo mais recente porta-aviões dos Estados Unidos, o USS Gerald R. Ford, de 337 metros de comprimento.
Com um deslocamento de mais de 80 mil toneladas, o navio faz parte de uma expansão naval chinesa que o Pentágono espera atingir 435 navios até 2030, escreve a Bloomberg. Além disso, a China está reforçando os armamentos dos seus navios da Guarda Costeira, enviando os navios militarizados para águas contestadas em locais como o mar do Sul da China.
Ao contrário da frota norte-americana de porta-aviões movidos a energia nuclear, o Fujian tem propulsão convencional, o que poderá limitar o seu alcance e a duração dos seus destacamentos, diz a mídia norte-americana.
Atualmente, a Marinha chinesa opera dois porta-aviões: o CNS Liaoning e o CNS Shandong. Ambos têm deslocamento padrão de cerca de 50 mil toneladas e sistema de propulsão convencional, além de utilizarem método de salto de esqui para lançamento de aeronaves de asa fixa.
Comparado aos seus dois antecessores, o Fujian é muito maior e mais pesado e possui uma cabine de comando maior e uma superestrutura menor. O Liaoning passou por dez testes de mar antes de entrar em serviço, e o Shandong realizou nove antes de seu comissionamento, informou o portal chinês.