A agência de classificação de risco Moody's alterou nesta quarta-feira (1º) a perspectiva do Brasil de "estável" para "positiva". É primeira vez, desde 2018, que a agência altera a avaliação do país.
A nota de crédito do Brasil, no entanto, foi mantida no nível Ba2, na categoria "especulativa". O Brasil pretende subir para a categoria "grau de investimento", considerada uma espécie de selo de bom pagador, que na Moody’s começa no nível Baa3 (grau de investimento médio) e sobe até o primeiro nível Aaa (grau de investimento com baixo risco).
Entretanto, a mudança na perspectiva do Brasil anunciada pela Moody's sinaliza a investidores que o país está mais seguro para aplicar dinheiro.
Em nota, o Ministério da Fazenda celebrou o anúncio da agência, afimando que ele reforça a melhoria na trajetória da nota de crédito do Brasil verificada desde 2023, com a elevação do rating tanto pela agência S&P quanto pela Fitch.
"O Brasil estará a um degrau de voltar a possuir grau de investimento, um marco significativo para os indicadores de estabilidade econômica do país. Em seu comunicado, a agência Moody’s destaca a melhora na perspectiva do crescimento do país, após sucessivas reformas estruturais e salvaguardas institucionais que reduzem a incerteza sobre a direção futura das políticas públicas", informou a pasta.
De acordo com o ministério, entre as reformas citadas, a agência enfatiza a importância da reforma tributária em curso.
"Além disso, [a agência] também destaca a agenda de transição energética do governo, que, com o objetivo de atrair investimentos privados para projetos de energia limpa, pode também contribuir para alavancar o crescimento", acrescentou o ministério.