O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres que Moscou continua vinculado às suas obrigações sob o tratado que proíbe armas químicas.
"Vimos as notícias a este respeito. Como sempre, tais anúncios são absolutamente infundados e não são apoiados por nada. A Rússia esteve e continua comprometida com as suas obrigações sob o direito internacional nesta área", disse Peskov.
Na quarta-feira (1º), o Departamento de Estado dos EUA impôs sanções a mais de 280 indivíduos e entidades na Rússia, incluindo três estruturas governamentais e quatro empresas relacionadas ao desenvolvimento de armas químicas e biológicas.
Em sua declaração oficial, que não cita quaisquer provas, Washington afirma que a Rússia utilizou armas químicas como a cloropicrina e possivelmente também agentes antimotim na Ucrânia para desalojar as forças ucranianas de posições fortificadas e alcançar avanços táticos no campo de batalha.
A cloropicrina é um líquido incolor com odor pungente que causa lacrimejamento. É utilizado como fumigante, inseticida e fungicida, mas também na fabricação de corantes e como gás lacrimogêneo. A substância foi amplamente utilizada durante a Primeira Guerra Mundial e armazenada durante a Segunda, mas seu uso militar está atualmente proibido.
Sobre as sanções, o embaixador russo em Washington, Anatoly Antonov, disse que as mesmas "são outro subterfúgio ilegítimo que não será capaz de intimidar a Rússia", declarou o embaixador, nesta quinta-feira (2).