Além das vítimas mortais, há 21 pessoas desaparecidas. Os estragos causados pelos temporais afetaram diretamente 147 cidades, com inundações, quedas de barreiras e deslizamentos de terra.
Além disso, 14,5 mil pessoas estão desabrigadas, estando 4.599 alojadas em abrigos e 9.993 desalojadas, buscando refúgio na casa de familiares ou amigos.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) segue emitindo alertas vermelhos para parte do Rio Grande do Sul até as 15h00 desta quinta-feira (2), prevendo chuvas intensas, queda de granizo, ventos fortes e descargas elétricas.
Visita do presidente Lula
Após reunião com o governador Eduardo Leite (PSDB) e uma equipe de ministros de Estado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não faltará recurso para atender às necessidades do estado e determinou a instalação de uma base do governo federal para centralização das informações e coordenação das ações.
Lula está em Santa Maria, município com o maior número de mortes até o momento. Estava previsto um sobrevoo pelas áreas afetadas, cancelado pelo mau tempo.
"Não faltará ajuda para cuidar da saúde, do transporte, dos alimentos, tudo que estiver ao alcance do governo federal, seja através dos ministérios, da sociedade civil, militares… Vamos dedicar 24 horas de esforço para atender às necessidades básicas do povo isolado por causa da chuva", afirmou Lula em coletiva.
Em pronunciamento, Leite havia classificado o temporal como "o maior desastre do estado", comparando-o com tragédias que deixaram dezenas de vítimas em 2023.
O estado gaúcho decretou estado de calamidade pública devido aos "eventos climáticos de chuvas intensas", conforme publicado em edição extra do Diário Oficial do estado na quarta-feira (1º).