"Esse bloqueio, vocês sabem, sufocou e torturou a Venezuela e toda a sua população sem qualquer distinção, mas hoje podemos dizer que temos 11 trimestres consecutivos de crescimento econômico", disse a vice-presidente em uma transmissão do canal estatal Venezolana de Televisión.
A declaração ocorreu após Rodríguez apresentar um projeto de lei na Assembleia Nacional da Venezuela, quando atribuiu o crescimento econômico ao esforço dos trabalhadores, além da união dos setores público e privado do país.
"Hoje [2] vemos, em 2024, primeiro trimestre, quase o equivalente a US$ 2 bilhões [R$ 10,2 bilhões], e esse crescimento econômico também se traduz em benefício e felicidade para nossos trabalhadores e trabalhadoras", detalhou.
Além disso, a funcionária destacou a recuperação da moeda venezuelana, sendo possível "dizer que recupera seu espaço de soberania monetária".
Em abril, o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou que a Venezuela teria o maior crescimento econômico na região em 2024, com 4% de incremento no produto interno bruto (PIB), de acordo com o último relatório Perspectivas da Economia Mundial. Além disso, o governo de Nicolás Maduro afirmou que a Venezuela registra as taxas de inflação mais baixas da última década.
Em 2023, o crescimento econômico venezuelano ultrapassou 5% do PIB. Já Maduro projeta um aumento de 8% no PIB neste ano, o dobro das projeções do FMI.
Retomada de sanções contra a Venezuela
No último mês, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos retomou as sanções norte-americanas sobre o setor de petróleo e gás da Venezuela, diante de "preocupações" com questões relacionadas às eleições no país sul-americano.
Na alegação estadunidense, a desqualificação de candidatos e partidos por questões técnicas, como a vencedora das primárias da oposição, María Corina Machado, é um dos motivos, que incluem um "suposto padrão contínuo de assédio e repressão contra figuras da oposição e da sociedade civil".
Já o presidente Maduro comentou o objetivo das medidas impostas pelos EUA à indústria petrolífera do país. "As sanções que os EUA anunciaram hoje têm como objetivo atingir nossos rendimentos para que não possamos melhorar os salários dos trabalhadores na Venezuela", disse o presidente durante discurso.