A ascensão de vozes "isolacionistas" nos EUA e as recentes declarações de Donald Trump, ex-presidente dos EUA (2017-2021), minam a OTAN, escreve o jornal norte-americano The Wall Street Journal (WSJ), citando o chefe do comitê de política europeia do Parlamento da Alemanha.
"Hofreiter alertou que a ascensão de vozes isolacionistas nos Estados Unidos, incluindo os comentários do ex-presidente Donald Trump [...] já prejudicaram a capacidade de dissuasão da aliança", escreve WSJ.
Trump deu a entender anteriormente que, caso vencesse as eleições de novembro nos EUA, convocaria uma cúpula da OTAN em junho de 2025 para discutir o futuro da aliança.
Ele também afirmou que durante sua presidência o chefe de um "grande país" não identificado da OTAN lhe perguntou se os EUA forneceriam defesa à aliança no caso de um "ataque" russo.
Trump, no entanto, respondeu que não o faria a países da aliança que não contribuem o suficiente para a defesa. O então mandatário acrescentou que "aprovaria que eles [a Rússia] fizessem o que bem entendessem".
Os países da UE, a maioria dos quais também faz parte da OTAN, começaram a discutir cada vez mais a defesa europeia, padrões comuns, ordens de defesa conjuntas e planejamento militar em meio aos temores da vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA em novembro de 2024. Também foi proposta a introdução de um novo cargo de comissário europeu de defesa.
Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, ainda afirmou que a participação dos países da UE nos gastos militares da aliança atlântica é de apenas 20%.