Panorama internacional

Universidade do Iêmen oferece lugares a estudantes suspensos após protestos anti-Israel nos EUA

O grupo Ansar Allah (houthis) condenou as ações das universidades americanas, que disse estarem suprimindo a liberdade de expressão de seus acadêmicos e estudantes.
Sputnik
Os militantes houthis ofereceram vagas na sua universidade para estudantes suspensos de estabelecimentos universitários dos EUA após realizarem protestos anti-Israel, informa na sexta-feira (3) a agência britânica Reuters.
A Universidade de Sanaa, no Iêmen, administrada pelos houthis, emitiu uma declaração aplaudindo a posição "humanitária" dos estudantes nos Estados Unidos e disse que eles poderiam continuar seus estudos no Iêmen.
"O conselho da universidade condena aquilo a que os acadêmicos e estudantes das universidades americanas e europeias estão sendo submetidos: a supressão da liberdade de expressão", disse o conselho da universidade em um comunicado, que incluía um endereço de e-mail para qualquer estudante que quisesse aceitar sua oferta.
Um funcionário da Universidade de Sanaa assegurou à Reuters que "levamos a sério a possibilidade de receber estudantes que foram suspensos de universidades americanas por apoiarem os palestinos".
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"Estamos travando essa batalha com a Palestina de todas as formas possíveis", acrescentou ele.
Os estudantes se reuniram e montaram tendas em dezenas de campi nos Estados Unidos nos últimos dias para protestar contra a guerra de Israel em Gaza, que já está em seu sétimo mês. Ela foi inicialmente provocada pelo assassinato de mais de 1.000 pessoas em Israel em 7 de outubro de 2023, mas a resposta posterior das forças israelenses conduziu à morte de mais de 30.000 palestinos desde então.
Os manifestantes pediram ao presidente Joe Biden, que tem apoiado o direito de Israel de se defender, que fizesse mais para impedir o derramamento de sangue em Gaza e exigiram que as instituições educacionais deixassem de receber doações de empresas que apoiam o governo de Israel.
Muitas das universidades, incluindo a Universidade de Columbia, em Nova York, chamaram a polícia para reprimir os protestos.
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