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Governo contrata Bolsa de Valores do Brasil para comercializar petróleo e gás pelos próximos 3 anos

A Bolsa do Brasil (B3) ficará responsável, nos próximos três anos, pelos leilões para a comercialização das parcelas de petróleo e gás natural da União nos contratos de partilha de produção e na Jazida Unitizada de Tupi.
Sputnik
O contrato foi firmado nesta segunda-feira (6) pela empresa pública Pré-Sal Petróleo (PPSA), do Ministério de Minas e Energia (MME).
Os dois primeiros leilões para a venda do óleo da União estão previstos para ocorrer em 31 de julho deste ano e em abril de 2025. Os leilões de petróleo restantes devem ocorrer, segundo a pasta, a partir do quarto trimestre de 2025.
O edital com as informações do leilão de julho deve sair ainda este mês, segundo a PPSA. Serão comercializadas as cargas de Mero e Búzios de 2025, cujos contratos de compra e venda de petróleo vencem em dezembro deste ano.
o leilão exclusivo de gás ainda não tem previsão de data. Ainda estão sendo definidos também os volumes de óleo a serem disponibilizados em cada um dos leilões.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou em nota que os leilões devem garantir investimentos em saúde, educação e na transição energética, por meio do Fundo Social.

"Espero que, em um futuro próximo, possamos processar essas cargas em refinarias, transformando esse produto bruto em gasolina, diesel, GLP e querosene de aviação, aumentando a nossa independência e soberania energética, em benefício de milhões de brasileiras e brasileiros", declarou Silveira.

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Ainda segundo a estatal contratante dos leilões, a definição das datas ajudará os compradores a planejarem a logística para o offloading (conjunto de operações para o transporte do petróleo produzido pela unidade marítima).

Projeções

A partir de 2029, as projeções apontam para uma produção diária da União, com potencial para atingir mais de 500 mil barris de petróleo por dia.
"A curva de produção de petróleo e gás natural da União dará um salto nos próximos anos. Segundo as estimativas, a produção de petróleo passará dos atuais 50 mil barris por dia (bpd) para 103 mil bpd em 2025, 234 mil bpd em 2026, 327 mil bpd em 2027, 417 mil bpd em 2028 e chegando ao pico de 564 mil bpd em 2029", diz o informativo do Ministério de Minas e Energia.
A curva do gás natural também é ascendente a partir de 2027, com previsão de alcançar 1,7 milhão de m³. Já em 2028, o número deve chegar a 2,9 milhões de m³ e, em 2029, a 3,5 milhões de m³/dia.
A PPSA já realizou três leilões de petróleo na B3, sendo o último de novembro de 2021, quando foram comercializadas as produções da União de longo prazo de Mero, Búzios, Sapinhoá e Tupi.
Mero e Búzios foram vendidos com contratos de três anos, e os demais de cinco anos. Desde então, a União passou a contar também com produção de petróleo em Sépia e Atapu, que estão sendo comercializadas por meio de consulta direta ao mercado.
Neste ano, a estatal passou a adotar a cotação do Brent, um dos principais indicadores internacionais para o preço do petróleo. Até então, as vendas eram realizadas com base no preço de referência estabelecido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em 2024, também foi a primeira vez que uma carga foi vendida diretamente para a refinaria de Mataripe, tendo como destino direto o refino.
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