Panorama internacional

Kremlin: exercícios de mísseis russos estão ligados à ameaça da OTAN de envio de tropas à Ucrânia

Declarações de autoridades ocidentais sobre sua prontidão e intenção de enviar militares para a Ucrânia exigem atenção especial e medidas especiais, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta segunda-feira (6), comentando os exercícios militares anunciados pelo Ministério da Defesa russo.
Sputnik
"Na verdade, isso é afirmado exaustivamente na declaração do Ministério da Defesa da Federação da Rússia. Não há nada a acrescentar aí. Se me perguntarem de que declarações de representantes ocidentais estamos falando, é óbvio que estamos falando da declaração do senhor [Emmanuel] Macron e da declaração dos representantes britânicos. Você sabe, eles também acrescentaram um representante do Senado dos EUA, se não me engano, que falou sobre a prontidão e até a intenção de enviar contingentes armados para a Ucrânia, ou seja, para realmente expor os soldados da Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN] aos militares russos", disse Peskov em resposta a uma pergunta sobre se os exercícios anunciados estavam ligados às ameaças.
"Eles exigem atenção especial e medidas especiais", acrescentou.
No início do dia, o ministério disse que o Estado-Maior das Forças Armadas russas iniciou os preparativos para a realização de exercícios em um futuro próximo com unidades de mísseis do Distrito Militar do Sul, envolvendo a aviação, bem como forças navais, a fim de aumentar a prontidão das forças nucleares não estratégicas para realizar missões de combate. Durante os exercícios, as Forças Armadas russas vão praticar um conjunto de atividades para a preparação e utilização de armas nucleares não estratégicas, informou o ministério.
Estado-Maior da Rússia anuncia exercícios do uso de armas nucleares não estratégicas
Ao mesmo tempo, o porta-voz do Kremlin observou que a informação de que a França supostamente enviaria soldados para a Ucrânia requer verificação.
Stephen Bryan, antigo assistente do vice-secretário de Defesa dos EUA, disse em uma entrevista à imprensa estrangeira no início deste mês que a França tinha enviado soldados da Legião Estrangeira para a Ucrânia.
A retórica de Paris e Londres sobre a possibilidade de enviar soldados para a Ucrânia é perigosa, acrescentou o responsável.
Falando sobre o relatório do Serviço de Inteligência Externa (SVR, na sigla em russo) russo de que os EUA tomam medidas para substituir Vladimir Zelensky da Ucrânia, Peskov disse que é muito cedo para comentá-las.
"Agora, é prematuro falar sobre isso, nesta fase sugiro contatar os nossos colegas do Serviço de Inteligência Externa para esclarecimentos", disse Peskov aos jornalistas.
Anteriormente, o SVR disse que Washington havia ativado esforços para procurar uma alternativa a Zelensky para assumir a liderança da Ucrânia.
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