Ao mesmo tempo, a chancelaria russa informou que Moscou decidiu acelerar o desenvolvimento e a produção de mísseis de alcance intermediário e curto em resposta às ações dos Estados Unidos.
"O regime de Kiev e os seus patrocinadores ocidentais deveriam perceber que os seus passos imprudentes estão aproximando a situação do ponto em que atingirá uma 'massa crítica' e explodirá", afirmou o ministério em um comunicado publicado nesta segunda-feira (6).
O ministério mencionou que Washington começou a "seguir abertamente" o caminho da implantação de sistemas terrestres com mísseis de alcance intermediário e de curto alcance em várias regiões que foram anteriormente proibidas pelo tratado Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês).
"Em resposta às ações dos EUA, a Rússia está intensificando o desenvolvimento e iniciou a produção de sistemas de mísseis semelhantes. Tendo em conta a investigação e desenvolvimento previamente anunciados e os desenvolvimentos acumulados do complexo industrial militar russo, este processo não levará muito tempo. Quando se trata de possíveis decisões sobre a implantação de tais armas, deixamos a geografia da sua implantação ao nosso critério", afirmou o ministério.
Ao mesmo tempo, a chancelaria comentou sobre o envio de caças F-16 à Ucrânia, sinalizando que os caças serão classificados como aeronaves com capacidade nuclear.
"Não podemos ignorar o fato de que estes aviões são plataformas de dupla finalidade que podem ser utilizados tanto para tarefas nucleares como não nucleares [...]. Não importa que modificação da aeronave será fornecida [à Ucrânia], iremos tratá-los como tendo capacidade nuclear e consideraremos esta medida dos Estados Unidos e da OTAN como uma provocação proposital", disse o ministério.
Como mencionado pela pasta no final de semana, a chancelaria russa voltou a chamar a atenção para as ações dos países-membros da OTAN, uma vez que elas sugerem "uma busca consciente de um confronto militar aberto com a Rússia".
O MRE sublinhou que as declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a possibilidade de envio de contingentes franceses e de outros Estados-membros da OTAN para a Ucrânia "continuam a surpreender pela sua irresponsabilidade e caráter irreflexivo".
"A mídia ocidental informou que vários mercenários da Legião Estrangeira francesa já estão na Ucrânia. Isto só pode ser percebido [...] como uma manifestação da prontidão e intenção de entrar em um confronto armado direto com a Rússia, o que significaria um confronto militar frontal das potências nucleares", complementou o comunicado.