Panorama internacional

Bolívia e Peru coordenam plano binacional de combate ao narcotráfico

As autoridades antidrogas da Bolívia e do Peru estão coordenando um plano binacional para combater o tráfico de drogas, informou nesta quarta-feira (8) o vice-ministro de Defesa Social e Substâncias Controladas, Jaime Mamani.
Sputnik
Segundo ele, o plano de ação binacional para 2024 para a interdição do tráfico de drogas tem ênfase no tráfico ilícito de substâncias controladas por via aérea, terrestre, fluvial e lacustre e será conduzido conjuntamente pelas entidades policiais do Peru e da Bolívia.
A Reunião Técnica Operacional sobre Tráfico Ilícito de Drogas na Zona Fronteiriça foi realizada na cidade de Puno, no sul do Peru.

"Ambos os países enfrentam o problema do tráfico ilícito de drogas, dos excedentes das culturas de coca e o fato de partilharmos mais de mil quilômetros de fronteira", comentou o ministro.

A autoridade boliviana afirmou ainda que a luta contra o tráfico de drogas deve centrar-se no desmantelamento das redes transnacionais do crime organizado, o que vai intensificar a troca de informações de inteligência.
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"Vamos intensificar a troca de informações de inteligência de toda a cadeia logística do tráfico de drogas, incluindo precursores e lavagem de dinheiro — e aqui me refiro fundamentalmente ao transporte aéreo —, para planejar operações binacionais coordenadas e simultâneas", explicou.

Em 2023, a Bolívia apreendeu 35,8 toneladas de drogas, quase o dobro do registrado em 2019, devido ao aumento das operações policiais e ao aumento em paralelo do tráfico de drogas.
O Peru é o segundo maior produtor mundial de folha de coca, um dos ingredientes da pasta base de cocaína, com 26% do total; a Bolívia é o terceiro maior produtor, representando 13% do total; e o primeiro lugar é da Colômbia, com 61%, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Todos os produtores mundiais da droga fazem fronteira com o Brasil. Com uma produção anual superior a 2 mil toneladas, conforme relatórios da ONU, pelo menos metade da cocaína consumida no mundo passa pelo Brasil para ser escoada para os demais continentes.
No Brasil, um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que a região amazônica brasileira se consolida como a principal porta de entrada das drogas: quase 40% da cocaína produzida no mundo passam pelos estados do bioma. No Sudeste, a situação levou os governos a declarararem uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em portos e aeroportos, no Rio de Janeiro e em São Paulo.
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